Os desafios dos planos odontológicos
O mercado de planos exclusivamente odontológicos registrou alta de 3,8% em 2016. Um acréscimo de 815,3 mil novos vínculos, totalizando 22 milhões de beneficiários em um segmento que tem muito espaço para crescer.
Apesar de acreditarmos, pelos fatores apresentados ontem (valorização dos planos, menor custo de acesso e aumento da valorização da saúde bucal entre os brasileiros), que o segmento deve continuar apresentando resultados positivos, também há razões para ficarmos atentos e nuvens pretas no horizonte.
Quais, afinal, são os principais desafios do setor? O primeiro deles é a crise econômica pela qual estamos passando. O País começa a dar os primeiros sinais de que irá deixar esse período para traz e voltar a crescer, mas isso não acontecerá de um dia para o outro. A previsão é que o PIB nacional avance modestos 0,2% este ano, o que pode ser considerado mais como estabilidade do que crescimento. Mesmo em 2018, o crescimento previsto pelo mercado é de apenas 1,5%, o que pode parecer ótimo comparado com os últimos anos, mas ainda está longe do patamar apresentado por outros países emergentes ou membros do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Se o ano de 2017 for marcado por uma nova redução no total de postos de trabalho com carteira assinada ou redução da renda das famílias, o total e vínculos de planos odontológicos, ainda que mais baratos do que os médico-hospitalares, pode sentir algum impacto. Afinal, os planos coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores, responde por 73,5% do total do mercado. Um risco que, naturalmente, tende a diminuir no próximo ano, se as previsões para o crescimento da economia estiverem corretas.
O outro grande desafio do setor está ligado a conscientização das pessoas quanto a importância da saúde bucal. Apesar de os brasileiros começarem a prestar mais atenção à saúde bucal, esse é outro desafio para o setor. De acordo com dados de 2015 do IBGE (ainda não há dados mais recentes), 55,6% dos brasileiros não se consultam regularmente com um dentista. Ou seja, a conscientização e a adesão a programas de promoção de saúde bucal são pontos que ainda precisam ser melhor trabalhados.
Fonte: Blog IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar